Síndrome de Burnout: o
mal do século
Ser professor nos últimos
tempos não tem sido uma tarefa nada fácil. Alunos que simplesmente não querem
aprender, pais que não participam ativamente da vida escolar de seus filhos e
delegam para o professor uma função que não é sua, salas superlotadas, falta de
material para o trabalho em sala, dar aulas em várias escolas para que no final
do mês consiga honrar seus compromissos, e por consequência, muito trabalho
para se fazer nas horas de folga e etc., fazem com que a carreira docente se
torne cada vez mais estressante. Quando esse nível de esgotamento alcança
níveis elevados tomando-se crônico, chamamos de Síndrome de Burnout. De acordo
com MASLACH, SCHAUFELI E LEITER (2001) essa síndrome é definida em três
dimensões: a exaustão emocional (falta ou carência de energia, entusiasmo e
sensação de esgotamento de recursos, desgaste emocional), a baixa realização
profissional no trabalho (o trabalhador se auto avalia de forma negativa,
existe o sentimento de diminuição de competência e de sucesso no trabalho) e a
despersonalização (tratar os demais colegas de trabalho e a organização como
objetos, insensibilidade). Os profissionais mais acometidos por esta síndrome
são aqueles que trabalham diretamente com outras pessoas, onde se faz
necessário assisti-las a todo o momento. Por este motivo, o trabalho no
ambiente escolar seja um dos mais suscetíveis ao desenvolvimento da síndrome, pois
os profissionais da educação estão a todo o instante assistindo e auxiliando
seus alunos. A violência e o assédio moral sofrido pelos pedagogos dentro do
ambiente escolar também contribuem para que cada vez mais um número muito
grande de pedagogos desenvolva a síndrome.
·
Referências
Bibliográficas:
CARLOTTO, Sandra Mary. A SÍNDROME
DE BURNOUT E O TRABALHO DOCENTE. Revista Psicologia em Estudo, Maringá, v. 7,
n. 1, p. 21-29, jan./jun. 2002. Disponível em: http://scielo.br/pdf/pe/v7n1/v7n1a03.pdf. <Acesso em 08/10/2016>.
LOPES,
Andressa Pereira; PONTES Édel Alexandre Silva. SÍNDROME DE BURNOUT: UM ESTUDO
COMPARATIVO ENTRE PROFESSORES DAS REDES PÚBLICA ESTADUAL E PARTICULAR. Revista
Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional
(ABRAPEE) * Volume 13, Número 2, Julho/Dezembro de 2009 * 275-281. Disponível
em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-85572009000200010. <Acesso
em: 08/10/2016>.
![]() |
Famílias
Escola e Sociedade
Criar os filhos educá-los, prepará-los para atuar com uma carga e abono no conturbado mundo em que hoje vivemos é, uma ocupação tão incontestável e desafiadora quanto prazerosa e gratificante. Analisar que o ser humano aprende a todo o momento, nas mais diversas vibrações que a vida lhe apresenta, a função da família é essencial, pois é ela que define, desde cedo, o que seus filhos necessitam estudar, quais os estabelecimentos que devem frequentar e o que é obrigatório saberem para aceitarem as decisões que os favoreçam no futuro. Recomendar a escola adaptada às esperanças da ascendência e que, ao mesmo tempo, seja da bondade da criança, é uma empresa, cujo sucesso depende, em grande parte, da inteligência e agilidade dos pais ao avaliar diversas decisões. Estar atendo ao projeto educativo e ao perfil disciplinar da instituição auxilia a optar por aquela cujos valores e fundamentos mais se assemelhem aos da família em termos de exigência, posturas, visão de mundo. Conhecer as dependência e possibilidades da escola, seus diferencias, bem como os profissionais que estarão encarregados da educação de seu filho. Na magnitude a coexistência e o relacionamento familiar são fatores básicos ao desenvolvimento singular, a admissão da criança no mundo coletivo, a mediação entre ela e o mundo, entre ela e o conhecimento, sua acomodação ao ambiente escolar, o relacionamento com os professores e funcionários da escola, a coexistência para o seu incremento igualitário. Compreender o sujeito como parte de um preceito, ou todo aparelhado, com elementos que interagem entre si, influenciando cada parte e sendo por ela entusiasmado, traz uma claridade à abrangência acerca do desenvolvimento humano, cooperando para a cogitação sobre os argumentos familiar e escolar, que tanto podem ser elementos de continência, inclusão e segurança, como manancial de conflitos, com ênfase nas perdas que se podem apresentar no andamento. Família e escola são alvos de encosto e sustento ao ser compassivo; é também marcos de identificador entre ambas. Mais positivo e expressivo serão as decorrências na formação do sujeito. A contribuição dos pais na educação formal dos filhos deve ser inabalável e consciente. Vida familiar e vida escolar são simultâneas e complementares. É importante que pais e professores, filhos/alunos compartilhem conhecimentos, alcancem e trabalhem os assuntos envolvidos no seu dia-a-dia sem cair no ajuizamento culpado ou inocente, mas buscando envolver as nuances de cada situação, uma vez que tudo o que se relaciona aos alunos tem a ver, sob algum ângulo, com a escola e vice-versa. "Cabe aos pais e a escola preciosa tarefa de transformar a criança imatura e inexperiente em cidadão madura, participativo, atuante, consciente de seus deveres e direitos, possibilidades e atribuições" (SANTO, 2008:14). Como as demais instituições, família e escola, passam por modificações que redefinem sua estrutura, significado e desempenho na coletividade. A escola de hoje não é apenas um ambiente onde são ampliados conteúdos e desenvolturas; é, também, o panorama responsável pela concepção política, moral e estética de quem utiliza seus ofícios. É o espaço que recebe todos os caracteres de dificuldades sociais, que são imagem de nossa condição e condução política. Para que se realize um trabalho novo, há necessidade de mudanças significativas, só assim a escola terá sua contribuição na mudança de uma sociedade melhor e com ensino conceituado e de qualidade. A escola pode ser raciocinada como o meio da passagem entre a família e a sociedade. Neste afetuoso lugar, tanto a família quanto à comunidade lança visão e cobranças à escola. No que se menciona à família, é indispensável dizer que a história brasileira nos leva a um resultado que não existe um exemplo de família e sim uma grandeza de modelos familiares, com descrição em comum, mas também guardando singularidades. Por isso, é importante o papel da família na vida escolar dos alunos, já que a familiar é o primeiro grupo social em que nosso aluno tem contato e se trabalharmos em parceria no desenvolvimento dos mesmos todos saem ganhando dentro e fora da escola.
![]() |
Escola deve ser espaço de proteção e não de
violência, diz pesquisadora
Marcelle
Souza
Do UOL,
em São Paulo
17/12/201305h00
A violência entrou de vez no currículo escolar. Só que, em vez de uma
batalha no campo das ideias, alunos, professores, diretores e funcionários
precisam conviver com agressões, ameaças e abusos. Para Miriam Abramovay, coordenadora
da área de Juventude e Políticas Públicas da Faculdade Latino-Americana de
Ciências Sociais e coordenadora de pesquisas da Unesco (Organização das Nações
Unidas para a educação, a ciência e a cultura), os conflitos são resultado de
relações sociais ruins e da falta de diálogo.
Pesquisadora do tema há mais de dez anos, Miriam defende a criação de
políticas públicas de prevenção da violência escolar, diagnóstico dos problemas
e a formação específica de professores. "Um bom professor é o que ensina
bem a disciplina, mas também que sabe ser amigo, que sabe entender o que é ser
jovem". Leia a seguir a entrevista:
Aumentaram os
casos de violência na escola?
Eu acho que não dá para dizer que aumentou ou não a violência no ensino. Não existe nenhuma pesquisa que
abarque todo o Brasil e que faça uma avaliação do que aconteceu nesses
últimos dez anos sobre a violência nas escolas. Se você pegar os casos de
violência em geral ou de mortalidade dos jovens, a situação é cada ano pior.
Então, é óbvio que por um lado a escola recebe essa influência, mas por
outro ela também produz violência, que são muito específicas do
âmbito escolar.
A ciberviolência
e a divulgação de vídeos de violência na internet aumentaram a sensação de
violência?
Eu acho que é uma questão muito importante e a escola não tem as
ferramentas mínimas para poder prevenir esse tipo de violência. A escola é
muito centrada em si mesma, no que pensam os adultos. Em segundo lugar, ela
não sabe o que acontece na vida desse jovem. Colocar uma coisa na internet é uma
forma de exibicionismo e nós vivemos numa sociedade do espetáculo. Isso tem um valor
muito grande, principalmente para o jovem.
O que motivam os
atos de violência na escola hoje em dia?
Brigar, eles sempre brigaram, isso sempre aconteceu. Mas eu acho
que estamos vivendo um fenômeno da
exacerbação da masculinidade e da cultura da violência. Aparece aquele que é mais violento,
que sabe brigar melhor. Eu digo masculinidade, mas é para garotos e garotas.
Aí também entra o uso das armas, porque a arma é símbolo de força e de poder.
Qual é o
principal motivo do conflito entre professores, alunos e diretores?
Eu acho que as relações sociais -- aluno-aluno, aluno-professor e
professor-diretor-- estão muito ruins. Ainda acho que as mais
complicadas são as relações com os adultos. Isso porque a escola é muito
centrada nela mesma e muito pouco do que se propõe
é dialogar com os jovens. Eu acho que isso cria um clima muito ruim.
Nós estamos fazendo uma pesquisa e percebemos que o professor que os
alunos mais gostam coincide com a matéria que eles mais gostam. Ou
seja, a relação entre o professor e os
jovens ainda é muito importante. Um bom professor é o que ensina bem a disciplina, mas também o que
sabe ser amigo, que sabe entender o que é ser jovem.
Por que ocorrem
casos de abuso sexual dentro da escola?
A escola não é uma torre de marfim, ela também reproduz as próprias
loucuras da nossa sociedade. Eu acho que tem ainda o abuso dos professores e das professoras
relacionado à fragilidade do que é ser adolescente. Nós temos uma postura de
negação a tudo o que é jovem, no sentido de não ser positivo. Por outro lado,
existe admiração, porque são bonitos e estão vivendo coisas que os adultos já
viveram, o que causa muito fascínio em muitos professores também. Acho que é
uma falta de limite desses professores e professoras e uma falta de
autoridade. A escola tinha que ser um local de proteção e não de reprodução
dessa violência.
Você pesquisa a
violência escolar desde o início dos anos 2000. Algo mudou nos últimos dez
anos?
Eu acho que muito pouco, infelizmente, porque os tipos de
comportamento vêm se repetindo. Nós não temos políticas públicas efetivas,
diagnósticos importantes sobre esse tema. Nós não temos formação de
professores, o que é
fundamental, porque eles não tiveram isso na sua formação.
Qual é o papel da
escola no combate ao bullying?
Eu acho que a escola tem que
prestar atenção no que está acontecendo com ela: como se dão as relações entre os alunos, as relações com os professores,
em todos os fenômenos da violência, que são ameaças, a entrada de armas na
escola, a homofobia, a violência de gênero... A escola tem que se dar conta
disso.
Como combater a
violência escolar em comunidades em que a violência já faz parte do
cotidiano?
Uma escola que está num local de violência não obrigatoriamente é
violenta. A escola tem uma violência de fora para dentro, mas tem a violência
que ela produz. Então, você pode ter um lugar supertranquilo em que a escola
é superviolenta. E vice-versa. A escola tem as suas próprias características,
não é uma consequência direta do que acontece fora dela.
Não obrigatoriamente a comunidade tem interferência nas relações entre
os alunos, no racismo, na homofobia, em como os professores tratam os alunos,
porque isso pode ser violência também. Se você tem uma concepção de violência
como só a violência dura, que é a entrada de tráfico e de armas nas
escolas, então você tem
razão, quanto mais a comunidade é violenta mais a escola é violenta. Mas se
você tem uma concepção de que violência é uma coisa mais ampla, que existe
uma violência simbólica, não obrigatoriamente a comunidade vai fazer com que
as relações sociais sejam piores.
Dependendo dos professores, dos alunos, da relação com a família, a
escola pode ser um lugar de proteção, independente do bairro ou da comunidade
ser violenta ou não.
Há uma relação
entre a participação dos pais e a violência escolar?
Nós fizemos uma pesquisa há muito anos que mostrava que quanto mais
havia a participação dos pais na escola mais a escola poderia se tornar uma
escola protetora. Ou seja, abrir as portas para os pais, os pais buscarem
entender o que está acontecendo com os filhos, pedirem ajuda, [fazer com]
que essa relação escola e família não
seja de competição, é fundamental para o clima escolar.
Em que momento a
polícia pode entrar na escola?
Está acontecendo um fenômeno hoje que é a judicialização da educação. Quer dizer, a
escola joga para a Justiça seus principais problemas. A polícia tem que
entrar na escola quando a violência é dura, quando existe droga e armas
dentro da escola. Senão, não existe nenhum sentido de a polícia estar dentro
da escola. Mas está acontecendo o contrário, quer dizer, o conselho tutelar a
toda hora é chamado por coisas mais banais que acontecem. O que a escola está
dizendo é "eu não tenho autoridade de resolver os
meus problemas e vou chamar a polícia para isso".
Qual é o papel do
Estado na redução da violência nas escolas?
Eu acho que nós temos que ter uma política pública sobre esse tema, que abarque diagnósticos,
formação de professores. Não adianta só ter pequenos programas, nós temos que
ter políticas para a gente saber o que está acontecendo, depois pensar muito
na formação de professores, para eles saberem o que fazer.
|
VIOLÊNCIA
ESCOLAR EM 2013
·
Professor é afastado após acariciar aluna em escola estadual de SP
·
Na China, estudante mata professor após ter seu celular confiscado
·
Em Paulínia, alunas brigam durante aula e professor assiste a cena
·
Polícia apreende nove jovens suspeitos de incendiar escola no RS
· Aluna de 16 anos é retirada de sala
de aula e morta dentro de escola no RN
·
Aluno agride com vassoura docente que proibiu acesso ao Facebook
|

VIOLÊNCIA NA ESCOLA
A violência na escola é uma realidade triste, como em toda
sociedade. Sabemos que a escola é uma reprodução da sociedade e está imersa na
sociedade, vemos os educandos reproduzindo o que vivenciam e o que aprenderam
sobre certo e errado, sendo muitas vezes deturpada essas noções, temos que ser
ativos e parar de aceitar de forma velada que se perpetue a intolerância e a
violência. Como afirma a
coordenadora de Ciências Humanas e Sociais da Unesco no Brasil, Marlova Noleto.
"A violência nas escolas reproduz a
violência na sociedade, não é um fenômeno intramuros isolado"
Ofensas, humilhações e ameaças dirigidas contra quaisquer
pessoas, não importa qual motivação, gênero, raça, sexo, orientação sexual,
religião, etc. São frequentes e são um poderoso meio de pressão e controle nos
grupos de amizade, principalmente entre rapazes, constituindo-se um dos
veículos principais de disseminação cultural da intolerância.
É nosso dever, como educadores e educadoras e como cidadãos e
cidadãs, combater as agressões, as ameaças ou as violências, mesmo quando estas
acontecem nos espaços privados.
Mas
infelizmente os profissionais da educação não são imunes a sociedade, e o que vemos são ações coercitivas,
representadas pelo poder e autoritarismo dos professores, coordenação e direção,
numa escala hierárquica, estando os alunos no meio dos conflitos profissionais
que acabam por refletir dentro da sala de aula.
O desafio para educadoras e educadores é adotar um olhar
reflexivo sobre as variadas agressões e se também não estamos sendo causadores ou cumplices de algum caso. Preconceitos e as situações de desigualdades podem gerar agressões, para ser capaz de abordar tais questões na sala de aula, podemos utilizar diversas ferramentas como: debates, filmes, capítulos de novela, reportagens, textos diversos que devem estar no planejamento de nossas aulas sempre partindo do conhecimento prévio do educando e da realidade que eles estão inseridos. É ir muito além das discussões e momentos de reflexão, os professores devem propor soluções e análises críticas acerca dos problemas a fim de que os alunos se percebam capacitados para agir como cidadãos, embora o acesso à informação seja primordial, ela não é suficiente para promover uma atitude reflexiva, crítica e responsável. Nesse sentido, vale estar atento a oportunidades não só de transmitir “mensagens preventivas”, mas também de construir propostas educativas que promovam a reflexão sobre os direitos e as responsabilidades dos cidadãos e das cidadãs.
reflexivo sobre as variadas agressões e se também não estamos sendo causadores ou cumplices de algum caso. Preconceitos e as situações de desigualdades podem gerar agressões, para ser capaz de abordar tais questões na sala de aula, podemos utilizar diversas ferramentas como: debates, filmes, capítulos de novela, reportagens, textos diversos que devem estar no planejamento de nossas aulas sempre partindo do conhecimento prévio do educando e da realidade que eles estão inseridos. É ir muito além das discussões e momentos de reflexão, os professores devem propor soluções e análises críticas acerca dos problemas a fim de que os alunos se percebam capacitados para agir como cidadãos, embora o acesso à informação seja primordial, ela não é suficiente para promover uma atitude reflexiva, crítica e responsável. Nesse sentido, vale estar atento a oportunidades não só de transmitir “mensagens preventivas”, mas também de construir propostas educativas que promovam a reflexão sobre os direitos e as responsabilidades dos cidadãos e das cidadãs.
Referências:
BARROS, Jussara De. "Escola X Violência
"; Brasil Escola.
Disponível em http://brasilescola.uol.com.br/educacao/escola-x-violencia.htm>.
Acesso em 10 de outubro de 2016.
PELLEGRINI, Luis. “Violência nas
escolas: Ela reproduz as loucuras da nossa sociedade”, Brasil 247. Disponível em
TRIO:
Aluna: Aline Aparecida
Ribeiro da Silva – Matricula 14112080328
Aluna: Michelly de
Souza Vanzan de Almeida - Matrícula: 14112080350
Aluna: Renata do
Nascimento Oliveira - Matrícula:
14112080321
Na luta contra a violência escolar é necessário um trabalho em conjunto, professores,pais,escola e comunidade, todos voltados com o mesmo objetivo, sendo sempre crítico e reflexivo. Dividindo assim a responsabilidade para alcançar a paz nas escolas.
ResponderExcluir