Terça feira, 04 de Outubro de 2016
As responsabilidades do Diretor
Entenda o papel do líder da escola, encarregado de
orquestrar a administração da instituição, o fazer pedagógico e a relação com a
comunidade.
Escola organizada e limpa, equipamentos
funcionando, contas em dia, funcionários em ação, comunidade participativa - e,
acima de tudo, alunos aprendendo. Esse é o cenário ideal para uma instituição
de ensino. Não se chega a ele sem muito trabalho e sem a presença de um diretor
à sua frente. Ele deve ser um profissional que, na definição clássica do
pesquisador Antônio Carlos Gomes da Costa, conjuga três perfis básicos:
- Administrador escolar: mantém a escola dentro das normas do sistema educacional, segue portarias e instruções, é exigente no cumprimento de prazos;
- Supervisor pedagógico: valoriza a qualidade do ensino, o projeto pedagógico, a supervisão e a orientação pedagógica e cria oportunidades de capacitação docente;
- Líder sociocomunitário: preocupa-se com a gestão democrática e com a participação da comunidade, está sempre rodeado de pais, alunos e lideranças do bairro, abre a escola nos finais de semana e permite trânsito livre em sua sala.
Não é uma tarefa fácil. O diretor precisa ter
conhecimento e sensibilidade para lidar com os diversos aspectos que interferem
no bom funcionamento da escola que dirige: do domínio das questões financeiras
e legais à comunicação com pais, do relacionamento entre os funcionários à
gestão da infraestrutura do local. A lista abaixo dá uma ideia da complexidade
de sua atuação:
- Cuidar das finanças da escola;
- Prestar contas à comunidade;
- Conhecer a legislação e as normas da Secretaria de Educação para reivindicar ações junto a esse órgão;
- Identificar as necessidades da instituição e buscar soluções junto às comunidades interna e externa e à Secretaria de Educação;
- Prezar pelo bom relacionamento entre os membros da equipe escolar, garantindo um ambiente agradável;
- Manter a escola esteja limpa e organizada;
- Garantir a integridade física da escola, tanto na manutenção dos ambientes quanto dos objetos e equipamentos;
- Conduzir a elaboração do projeto político-pedagógico, o PPP, mobilizando toda a comunidade escolar nesse trabalho e garantindo que o processo seja democrático até o fim;
- Acompanhar o cotidiano da sala de aula e o avanço na aprendizagem dos alunos;
- Ser parceiro do coordenador pedagógico na gestão da aprendizagem dos alunos;
- Incentivar e apoiar a implantação de projetos e iniciativas inovadoras, provendo o material e o espaço necessário para seu desenvolvimento;
- Gerenciar e articular o trabalho de professores, coordenadores, orientadores e funcionários;
- Manter a comunicação com os pais e atendê-los quando necessário.
Todo esse trabalho, no entanto, não pode ser
solitário. O diretor, como líder da escola, deve envolver sua equipe de professores,
coordenadores, orientadores e funcionários no planejamento e execução das
tarefas. Além de garantir uma gestão transparente e democrática, saber delegar
é fundamental para dar conta do trabalho.
Essa articulação e parceria entre todos os
profissionais deve sempre visar à meta principal de toda e qualquer escola: a
aprendizagem dos alunos. Afinal, é função primordial do gestor prezar pela
qualidade do fazer pedagógico da instituição que dirige, não sendo apenas um
provedor e organizador de recursos.
Fonte:
Revista Nova Escola Disponível em: < http://gestaoescolar.org.br/formacao/responsabilidades-diretor-755886.shtml
>. Acessado em 04de outubro de 2016.
Boa gestão escolar é
tema de debate no Educação 360
Especialistas sublinharam a dificuldade de
multiplicar bons exemplos no país

— Chega a ser
um paradoxo o tamanho da crise que temos (na educação) e, ao mesmo tempo,
tantas experiências boas. Não se consegue traduzir essas iniciativas em
sistemas, padrões e regularidades que possam ser escaladas — afirmou o
superintendente executivo do Instituto Unibanco, Ricardo Henriques, concluindo:
— O caminho é simples, porém, trabalhoso. Os desafios da educação pública,
sobretudo da gestão, são do campo do ordinário, e não do extraordinário. Mas
nossa cultura é dificultar tudo. O simples leva a uma mudança contínua,
aprendizado continuo. Talvez aí exista uma pista para se pensar em como dar
conta da escala.
Um dos bons
exemplos de gestão no nosso país fica em São José do Rio Preto, no interior de
São Paulo. Antes conhecida por ser uma das instituições mais violentas da
região, a Escola Municipal Darcy Ribeiro deu a volta por cima após um trabalho
de reestruturação promovido pelo diretor da unidade, Diego Lima. Ele criou uma
forma de ouvir a comunidade escolar para identificar os pontos de crise da
escola. A partir das respostas de um questionário distribuído a pais e alunos,
que, então, estreitaram seus laços com a escola, Lima começou a reorganizar a
Darcy Ribeiro e implementar projetos que atraíssem o interesse dos estudantes.
— No meu
primeiro dia, os alunos jogaram maçãs e água em cima de mim, colocaram fogo no
banheiros e nas lixeiras da escola. Eu parei, disse que não iria embora e que iríamos
reverter o olhar punitivo que a escola tinha. Foi assim que tudo começou. Dando
voz e valorizando o protagonismo aos alunos - contou o diretor.
Durante o
debate, o educador Binho Marques, ex-governador do Acre, falou sobre a
necessidade de transformação imediata das escolas, que devem buscar um modelo
mais democrático e conectado com os anseios dos jovens.
— Olhamos para
a escola e vemos que ela já ficou muito para trás. A escola do século XXI tem
que ser para todos. É inadmissível imaginar uma escola para poucos. Precisamos
de uma escola que garanta autoestima e respeito pelo outro. Onde o aluno
percebe que o que se faz lá dentro tem relevância — disse Marques.
Para
multiplicar as histórias de sucesso, o projeto "Aprender linguagem:
formação de coordenadores de educação infantil" desenvolve um trabalho de
preparação dos profissionais que atuam nas escolas. São exercitados conteúdos
relativos ao desenvolvimento da linguagem, além da discussão de situações de
sala de aula. Os monitores do projeto acompanham as reuniões de coordenadores
com o corpo docente da escola. Em cinco meses de projeto, 37 coordenadores
foram treinados.
A importância de experiências de gestão não fica restrita aos professores e diretores. Alunos também podem desenvolver essas habilidades, que, no futuro, podem contribuir inclusive profissionalmente. A associação Junior Achievement já auxiliou 4 milhões de alunos brasileiros a impulsionarem a capacidade empreendedora em projetos desenvolvidos em escolas públicas e privadas. Através da organização de mini empresas, os estudantes entram em contato com diversas funções necessárias para tocar um empreendimento. Como o projeto é desenvolvido na escola, seu vínculo com a instituição acaba sendo reforçado.
A importância de experiências de gestão não fica restrita aos professores e diretores. Alunos também podem desenvolver essas habilidades, que, no futuro, podem contribuir inclusive profissionalmente. A associação Junior Achievement já auxiliou 4 milhões de alunos brasileiros a impulsionarem a capacidade empreendedora em projetos desenvolvidos em escolas públicas e privadas. Através da organização de mini empresas, os estudantes entram em contato com diversas funções necessárias para tocar um empreendimento. Como o projeto é desenvolvido na escola, seu vínculo com a instituição acaba sendo reforçado.
Fonte:
Binho Marques e Ricardo Henriques na mesa "Gestão" - Gustavo Azeredo / Agência O Globo. Disponível em: < http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/educacao-360/boa-gestao-escolar-tema-de-debate-no-educacao-360-20174126> acessado em 05 de Outubro de 2016.
TRIO
Nome 1: Cristiane Barbosa Mendonça de
Almeida / 14112080503
Nome 2: Lyvia Martins Braga / 14112080358
Nome 3: Paula Simões Varandas Ruivo /
14112080343
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSer um profissional da educaão é uma grande responsabilidade. Infelizmente, vivemos um momento de corrupção em nossa sociedade e isso afeta também a escola, pois muitos professores e demais funcionários se abstem de suas funções (ou seja, não cumprem com empenho seu trabalho).
ResponderExcluirLiliane Carla da Silva. Mat.: 13112080058
Verdade Liliane, acredito que muitos destes profissionais desacreditaram da educação devido a inúmeros problemas que muitas vezes enfrentamos, porém é preciso resgatar o que nos move e acreditar na educação como ato político como disse Paulo Freire e educar acreditando em cooperar para a construção da cidadania dos nossos alunos em prol de uma sociedade melhor. Eu ainda acredito que é através da educação que se muda o mundo. Beijinhos!
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